Sim, o furo de seus olhos era jornalístico e ninguém soube antes de mim. Vendo e ouvindo o funk que você dançava, tomei todas. Ignorei quando você, sem me ver, me suplicou não encrencar. Que ideia alienada de irmos para casa, sabendo que aquele diabo estava na festa e estava tirando uma com a minha cara.
Você me achava ignorante? Pois que fosse. Foi assim, aqui mesmo, que eu resolvi tudo: no meio do mato eu matei você e esse funkeiro.
Agora só sobrou esse amanhacer. Algemado voltei o rosto para ver o que ficou marcado: meu amor naquela maresia!
Textículo
Não havia sexo e sim boas maneiras, como já lhe disse antes. As luzes da madrugada era o leite e biscoitos amanteigados que comíamos sem deixar cair migalhas no tapete. Mesmo que só pensasse em lhe jogar e ao seu corpo no chão e derramar leite sobre seus seios, arremessar os biscoitos argola no bonsai de estimação, foder agarradinho e encharcado de suor lhe fizesse confissões sobre meu medo do fim do mundo, sempre havia: pijamas sempre bem passadinhos e boas-noites mais que educadinhas.
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Desenho do mesmo caderno da década de 90 |
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