19 de março de 2012

Deus erat Verbum


 

in principio erat Verbum et Verbum erat apud Deum et Deus erat Verbum



Todos os convidados estavam encantados com suas próprias ideias: um micro jogando moléculas miméticas ao vento solar, que os fazia luzirem no firmamento. Logos multifacetadas passando umas sobre as outras, mimeses em forma de nuvens, nuvens originais mutadas trás psiques. Houve quem achou que seria uma calamidade, outros até achariam normal.

Um belo dia, no meio disso tudo, avistaram um barco a vir pelo céu. Pararam por um segundo: o que será? Todos subiram mais perto do céu pela escadaria de estrelas, rasgando com unhas e dentes as peles uns dos outros, pois todos queriam chegar primeiro ao barco que trazia algo, talvez Deus. Foi agressivo, um caos e sangue. Mas belo, acharam uns.

E foi mesmo. Foi assim que Deus e os arcanjos entraram saudando cheios de logos, jogando antídotos de mimese mesmítica (de mesmice ou do mito da mesmice) sobre todos.

Foi uma maravilha. Pararam de respirar, começaram a enxergar uma coisa só: Deus. Pois enxugaram as testas e viram.

Então desceram os arcanjos, lhes dividiram em pares, um de cada sexo, e enviaram para planetas distintos, para capinar milharais.

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